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Emater cria projetos pra amenizar crise hídrica na região de Furnas 2f5g1t

Com o pior período chuvoso em quase 100 anos, reservatório encerrou junho com apenas 30% da capacidade de armazenamento de água 4k633j

Técnicos da Emater orientam produtores rurais da região de Furnas
Produtores rurais que dependem do Lago de Furnas estão participando de projetos desenvolvidos pela Emater-MG, pra diminuir impactos causados pela crise hídrica. (Foto: Emater-MG)
Ricardo Miranda
18 de julho de 2021
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O Brasil enfrenta a pior estiagem em quase 100 anos. É o que aponta o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, avaliando o longo período de estiagem. A crise hídrica causou impactos significativos no Lago de Furnas, um dos maiores reservatórios do país e que encerrou o mês de junho com apenas 30% da capacidade de armazenamento de água. Diante disso, a Emater-MG tem desenvolvido uma série de ações junto à Copasa, prefeituras e Agência Nacional de Águas (ANA) pra tentar diminuir os impactos gerados pela crise hídrica.

O Lago de Furnas é um dos maiores reservatórios de água do país, com 1440 quilômetros quadrados de área inundada. A irregularidade das chuvas baixou o nível do lago e, segundo meteorologistas, deve se estender pelos próximos meses. Os 34 municípios da região de Furnas já sentem os impactos da seca. Além do turismo, a piscicultura e a agricultura são fortemente afetados pela situação.

Imagem aérea mostrando parte do Lago de Furnas, em Minas Gerais

Lago de Furnas terminou mês de junho com apenas 30% da capacidade de armazenamento. (Foto: Alago)

Mar de Minas 39551w

O Lago de Furnas se estende por uma área tão grande que, em vários lugares, é chamado de “Mar de Minas”. Além da importância para o setor elétrico do país, o reservatório está diretamente ligado a atividades de turismo, criação de peixes e agricultura. Atividades que são diretamente afetadas pelo baixo nível do reservatório.

Com o objetivo de tentar minimizar os efeitos da crise hídrica e auxiliar produtores rurais da região, a Emater-MG tem trabalhado em uma série de ações nos municípios que ficam às margens da represa. Um dos programas é o projeto Produtor de Águas, desenvolvido nas cidades de os, Capitólio, Piumhi, Doresópolis e Pimenta. “A proteção de nascentes e áreas de recarga, manejo de solo e conservação de estradas vicinais são algumas das atividades realizadas. O programa Produtor de Águas prevê também o pagamento de serviços ambientais aos produtores, que aderirem ao projeto. Então é um avanço, porque o programa reconhece que, ao realizar ações de mitigação dos impactos das mudanças climáticas, os agricultores estão contribuindo para a melhoria da quantidade e da qualidade da água para toda a sociedade”, explica a coordenadora regional de Meio Ambiente da Emater-MG em os, Alice Soares.

Em parceria com a Copasa, a Emater também está desenvolvendo o programa Pró Mananciais em Capitólio, Cássia, Carmo do Rio Claro e Itaú de Minas. O objetivo desse projeto é manter as Áreas de Preservação Permanentes (APPs).

Responsabilidade de todos 4d1615

A crise hídrica traz impactos diretos para quem depende do Lago de Furnas, mas também é prejudicial a todos os brasileiros. Por isso, é tão importante que haja uma colaboração coletiva no consumo consciente de água e na adesão aos programas de preservação dos mananciais.

A crise hídrica confirma os prognósticos do Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC). O estudo afirma que, com as mudanças climáticas, eventos extremos vão se tornar mais frequentes e intensos em todo o mundo. “A previsão é de pouca chuva até novembro. Se agora já estamos com o reservatório tão baixo, imagina daqui a alguns meses. Então o cenário é muito preocupante”, lamenta Fausto Costa, secretário-executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago).

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